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A ALQUIMIA E OS 4 ELEMENTOS NÚCLEO ALQUÍMICO

 

 

 

A alquimia além do aspecto espiritual, constituí uma verdadeira ciência que tem como finalidade compreender a matéria e o cosmo, ou seja, o microcosmo e o macrocosmo, além de tentar reproduzir de forma mais rápida o que a natureza leva milênios para conseguir. Como em qualquer área de conhecimento, a alquimia possuía uma linguagem própria.

Para tentar transmitir conhecimentos que não haviam palavras específicas para expressar eles utilizaram termos conhecidos, que transmitia uma idéia rudimentar de algum evento. Assim utilizavam os termos Água, Terra, Ar e Fogo para explicar os quatro elementos, correlacionando-os respectivamente com o estados líquido, sólido, gasoso e a energia.

O fogo simbolizava todos os tipos de energia, inclusive a energia imaterial dos corpos, o “éter”, ou estado “etéreo”. O conceito de estado gasoso não ficou conhecido pelo ocidente até o século XVIII com as pesquisas de Lavoisier. Isto demonstra o quanto os Alquimistas estavam adiantados em relação aos sábios de seu tempo.

 

 

Água – penetrante, dissolvente e nutritiva

Terra – solidez que estabiliza a matéria, suporte para o líquido

Ar – gasoso, expansivo, volátil

Fogo – energia que acelera o processo, aquece, ilumina

A Quintessência – Éter – equilibra e penetra nos corpos, é a força viva

A terra e a água constituem estados visíveis, enquanto o fogo e o ar são estados invisíveis. Cada um dos elementos tem duas qualidades especiais, a primeira sendo a de reter a própria identidade; a segunda, como um meio, de aceitar o que vem depois de si. Pois o fogo é quente e seco, a terra seca e fria, a água fria e úmida, o ar úmido e quente. E assim, nesse sentido, os elementos, de acordo com duas qualidades contrárias, são contrários um ao outro, como fogo e água, terra e ar. Além disso, os elementos são contrários em outro sentido, pois alguns são pesados, como terra e água, e outros são leves, como ar e fogo. Os estoicos chamavam os primeiros de passivos e os últimos, de ativos.

 

Os quatro elementos: características e combinações

 

 

Platão faz mais uma distinção e atribui a cada um três qualidades — ao fogo: brilho, finura e movimento; à terra: escuridão, espessura e quietude. E de acordo com essas qualidades, os elementos fogo e terra são contrários. Mas os outros elementos tomam emprestadas as qualidades destas, de modo que o ar recebe duas qualidades do fogo — finura e movimento — e uma da terra, escuridão.

Da mesma maneira, a água recebe duas qualidades da terra — escuridão e espessura — e uma do fogo — movimento. Mas o fogo é duas vezes mais fino que o ar, três vezes mais móvel que a água. A água, por sua vez, é duas vezes mais brilhante que a terra, três vezes mais espessa e quatro vezes mais móvel. Assim como o fogo está para a água e a água para a terra, novamente a terra está para a água, a água para o ar e o ar para a terra.

A a raiz e a fundação de todos os corpos, naturezas, virtudes e obras maravilhosas; e aquele que souber essas qualidades dos elementos e suas misturas terá facilidade para fazer coisas maravilhosas e surpreendentes, perfeitas na Magia.

Sem o conhecimento dos quatro elementos nada podemos realizar na Magia. Ora, cada um deles tem uma tripla natureza, de modo que o número de quatro pode compor o número de doze; e passando o número de sete para dez, pode ocorrer um progresso à suprema Unidade, da qual toda virtude e operação maravilhosa dependem.

 

OS 4 ELEMENTOS E AS TRANSMUTAÇÕES

 

 

 

Os quatro elementos porém não eram suficientes para expressar todas as características e assim os alquimistas adotaram os termos Enxofre, Mercúrio e o Sal para expressar os três princípios e, da mesma maneira que os quatro elementos, não representavam as substâncias mencionadas em si, mas sim as suas propriedades materiais que poderiam ser retiradas ou acrescentadas as substâncias, possivelmente por reações químicas ou transmutações.

Enxofre – princípio fixo – representa as propriedades ativas – combustibilidade, a ação corrosiva, o poder de atacar os metais, e também o princípio ativo ou masculino, o movimento, a forma, o quente. É considerado o embrião da pedra e alimentado pelo mercúrio, pois está contido em seu ventre. Também é considerado a energia animadora e constitui o objetivo da Grande Obra.

Mercúrio – princípio volátil – representava as propriedades passivas – maleabilidade, brilho, fusibilidade, a fraca tensão de vapor, o escorregadio que toma várias formas e o fugidio. Além de designar a matéria, designa também outros aspectos como: o princípio passivo ou feminino, o inerte, o frio.

O mercúrio também pode designar a matéria-prima, é considerado a mãe dos metais ou a água primitiva que deu origem a todos eles. Este é o mercúrio segundo, mercúrio filosófico ou mercúrio duplo que contém os dois princípios, o mercúrio e o enxofre.

 

 

O primeiro mercúrio ou mercúrio comum também é chamado de dissolvente universal.

O mercúrio é ao mesmo tempo o caminho e o andarilho, com a Grande Obra representando uma viagem.

Estes dois princípios possuem as propriedades contrárias e a mistura de propriedades contrárias é muito importante na alquimia, ou seja, o dualismo enxofre-mercúrio de todas as coisas.

O mercúrio também é chamado de sal dos metais. Na realidade o mercúrio no final da obra adquire a tríplice qualidade.

Sal – também conhecido por arsênico – é o meio de união entre as propriedades do Mercúrio e as do Enxofre, como uma força de interação, muitas vezes associado a energia vital, que une a alma ao corpo. No ser humano, O enxofre seria o corpo físico; o mercúrio, a alma e o sal, o espírito mediador.

Esse sal normalmente é relatado como sendo um fogo aquoso ou uma água ígnea e é obtido a partir do mercúrio comum em conjunção com o fogo, obtendo assim a chamada “água que não molha as mãos”. Assim como o mercúrio, o sal também é relatado como sendo o dissolvente universal. Na verdade o fixo e o volátil nunca podem estar separados, não existe mercúrio que não contenha o enxofre, por isso, as vezes o sal aparece com o nome de um deles dependendo da fase da operação.

O sal protege os metais para que no processo não sejam totalmente destruídos e reste assim a semente, que por seu intermédio nascerá algo novo.

 

Os sete metais

 

 

Na natureza, a terra contém “sementes” que dão origem aos metais por um processo de evolução e aperfeiçoamento. Todos os metais, com o tempo, transformar-se-ão em ouro que contém o equilíbrio perfeito dos quatro elementos. Na alquimia não existe matéria morta e todas as substâncias, animal, vegetal ou mineral, são dotadas de vida e movimento, ou seja, possuem suas energias características.

Ouro – representado pelo Sol.

Prata – representado pela Lua.

Mercúrio – representado pelo planeta Mercúrio.

Estanho – representado por Júpter.

Chumbo – representado por Saturno, por ser considerado pesado e lento

Cobre – representado por Vênus, maleabilidade, sossego, beleza e prazer.

Ferro – representado por Marte.

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